Após seis meses de terapia para o desenvolvimento intelectual e auditivo de crianças, o Centro Especializado em Reabilitação (CER-IV), formou mais uma turma de participantes da oficina de musicalização infantil. A celebração da nova fase, com direito a entrega de diploma, foi realizada na última segunda-feira, 1º de agosto.
Durante o período de terapia, voltada para crianças com transtorno do espectro do autismo ou deficiência auditiva, os seis pequenos desenvolveram os aspectos cognitivos, a melhora da fala e a interação com outras as crianças.
O trabalho foi realizado pelas fonoaudiólogas Ana Lígia Maroja e Mirelly Miranda, junto com a terapeuta ocupacional Lauriane Buytendorp, especializadas na reabilitação auditiva e intelectual.
“Observamos a melhora na concentração, tolerância à hipersensibilidade auditiva, ampliação do repertório, aumento da interação social, melhora na atenção compartilhada, evolução na linguagem compreensiva e atenção aos comandos, coordenação motora fina, bilateral e bimanual e ritmo”, disse Maroja.
Participação dos pais
Elaine Barbosa, mãe do Miguel, conta que a oficina proporcionou uma ótima mudança para o filho. “Ele quase não conversava e não conseguia interagir com outras pessoas. Qualquer barulho era um problema para ele, por conta da hipersensibilidade. Hoje o Miguel é outra criança, prova de como a terapia é necessária”.
Conforme explica a fonoaudióloga Mirelly Miranda, a participação dos familiares é essencial em cada etapa, tanto durante quanto após a conclusão da terapia.
“O estímulo em casa, aliado ao que aprendem nas oficinas, torna o processo ainda mais satisfatório e completo, pois mostra uma integração durante o período. Como as oficinas acontecem uma vez na semana, dar prosseguimento nos dias seguintes é muito necessário”, pontuou.
Autonomia dos pacientes
Segundo Lauriane Buytendorp, terapeuta ocupacional, o período de seis meses é ideal para a oficina. Os pais são orientados a buscar novas oficinas para os filhos, oferecidas também pelo CER-IV ou por outras instituições, e que podem contribuir para o avanço em outras áreas.
“Buscamos gerar autonomia para as crianças e conseguimos isso durante esse período. Após a musicalização eles conseguem até mesmo participar de outras atividades culturais e cursos, já com um desenvolvimento avançado e habilidades de interação em grupo”, frisou.
Assessoria