As universidades e a produção científica e tecnológica que delas advém estão diretamente relacionadas ao desenvolvimento de um país. Os conhecimentos adquiridos em pesquisas científicas podem ser compartilhados com a sociedade por meio de artigos científicos, livros, formação de bases de dados e de acervos, desenvolvimento de produtos e processos, entre outras tantas e diversas formas.
A Unila completou 10 anos de atividades em 2020. Durante esse tempo, seus docentes e pesquisadores publicaram mais de 15 mil textos em periódicos especializados, jornais e revistas, anais de congressos, e também produziram livros, no todo ou em parte. A produção técnica chegou a 3.825 registros, incluindo o desenvolvimento de produtos tecnológicos, de processos ou de técnicas; e, ainda, trabalhos técnicos, como materiais didáticos e pareceres. A produção artística, como apresentações musicais, teatro, cinema, entre outras formas, totalizou 883 trabalhos.
“A Unila é uma universidade jovem, com docentes jovens, porém comprometidos com a missão de ensino e pesquisa, fato que se reflete nessa expressiva produção”, comenta a docente, pesquisadora e pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação, Danúbia Frasson Furtado. Os dados de produção fazem parte de um relatório elaborado pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PRPPG), a partir de dados extraídos da Plataforma Lattes, que reúne bases de dados de currículos, de grupos de pesquisa e de instituições, em um único sistema de informações. Para a extração dos dados, foi utilizado o software livre ScriptLattes. O relatório foi produzido no início de 2020 para o aniversário de 10 anos da Unila. Veja o relatório completo em http://bit.ly/unila_pesquisa.
“Sabemos que parte da produção presente no relatório refere-se ao período de transição dos docentes entre suas instituições de origem e a Unila. Contudo, reflete o engajamento e a capacidade de produção científica dos docentes”, explica Danúbia Furtado.
Divulgar essa produção permite à sociedade conhecer o volume de trabalho que vem sendo desenvolvido desde que a Unila iniciou suas atividades acadêmicas, em agosto de 2010. “Além disso, mostra que a UNILA, apesar de ser considerada uma universidade nova, apresenta números relevantes em alguns campos e vem contribuindo com a sociedade”, destaca a pró-reitora.
A produção científica da Universidade alcança uma ampla diversidade de temas e áreas: de foguetes à literatura; da economia e das ciências sociais à biodiversidade. E traz avanços humanos, científicos e tecnológicos que também podem ser sentidos local e regionalmente. Muitas pesquisas têm Foz do Iguaçu e região como área geográfica de estudos. Somente no Programa Agenda Tríplice, que tem por objeto o estudo e o provimento de soluções para temas prioritários da tríplice fronteira entre Brasil, Argentina e Paraguai, são 32 projetos em desenvolvimento e mais de 500 assuntos, de todas as áreas, mapeados para futuros trabalhos.
“A pesquisa, independentemente se básica ou aplicada, traz vários avanços para o país, para o estado, para a cidade e região onde ocorre. Na região trinacional não seria diferente. Há diversas pesquisas no âmbito da Unila que visam, sobretudo, proporcionar desenvolvimento humano, científico e tecnológico. Sempre com um olhar local, regional e internacional”, reforça Danúbia Furtado.
A pandemia de Covid-19 deu visibilidade e protagonismo ao conhecimento produzido na Universidade, não somente na área de saúde, mais fortemente envolvida com o atendimento à comunidade local e regional, mas também a diferentes áreas de ensino e pesquisa. Exemplos dessa diversidade são os projetos de produção de álcool glicerinado e de confecção de máscaras a partir de impressoras 3D. Na área da saúde, o resultado do trabalho científico pode ser percebido no desenvolvimento de exames sorológicos para detecção de anticorpos para o coronavírus – já foram feitos mais de 5 mil exames – e na realização de exames RT-PCR, em parceria com o Hospital Municipal e a Prefeitura de Foz do Iguaçu – mais de 20 mil exames já foram realizados. “A pesquisa científica é fundamental, porque ela traz luz às perguntas que fazemos sobre diversos temas, e somente através dela é que conseguimos respostas e tomadas de decisões racionais. No ambiente acadêmico, é a pesquisa que sustenta o ensino. Sem ela, por exemplo, não conseguimos oferecer aulas práticas de disciplinas profissionalizantes”, comenta o professor Kelvinson Viana, coordenador do projeto de desenvolvimento de exames sorológicos.
O investimento em pesquisa é fundamental, tanto para a pesquisa básica, que tenta compreender ou melhorar a compreensão de fenômenos ou teorias, ampliando a base do conhecimento científico; como para a pesquisa aplicada, que atende a uma necessidade específica e permite desenvolver tecnologias, técnicas ou produtos. “A pesquisa básica, realizada majoritariamente na Universidade, é essencial, pois é por sua aplicação que se desenvolve a pesquisa aplicada”, comenta a pró-reitora. “É importante destacar que fazer pesquisa não é fácil e requer recurso humano e de infraestrutura, sendo que em ambos os casos é necessário aporte financeiro”, comenta Danúbia Furtado, lembrando que a produção científica é, também, um dos principais indicadores utilizados por agências de fomento nacionais e internacionais, na concessão de recursos.
A busca desses recursos é um desafio que se impõe cada vez mais, tanto para professores como para a instituição. “A PRPPG vem trabalhando para incentivar e estimular a pesquisa na Universidade, lançando diversos editais de fomento. Sabemos que temos muito a melhorar, mas seguimos trabalhando e com a certeza de que uma pesquisa de qualidade reflete diretamente em um ensino de qualidade.”
Assessoria