Os turistas regionais e doméstico (de outras cidades do Paraná e outros estados) são os destaques na retomada das atividades do Parque Nacional do Iguaçu, no pós-pandemia do novo coronavírus. As localidades respondem quase que pela totalidade das 26.034 pessoas que cruzaram o portão de entrada, no trecho onde estão as Cataratas do Iguaçu, principal termômetro do turismo da Tríplice Fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina.
O turismo regional é formado por moradores do entorno da unidade de conservação e cidades próximas localizadas nas regiões Oeste e Sudoste do Paraná. De acordo com a concessionária Cataratas SA, do total de ingressos no atrativo em setembro, 7.521 foram através do Passe Comunidade, benefício que garante 90% de desconto para moradores dos municípios localizados às margens do Parque Nacional.
Num comparativo de setembro deste ano, com o mesmo período do ano passado, o total de pessoas que utilizaram os benefícios do Passe Comunidade aumentou 33% – foram 1.875 visitantes a mais em 2020, contra 5.646 acessos em setembro do ano passado.
O aumento na presença deste tipo de turistas pode ser explicado pelo longo período de quarentena, iniciada na segunda metade de março, com a pandemia do novo coronavírus. Também pode ser creditado ao carinho e a saudade dos moradores da região em rever as famosas quedas.
O turismo regional, formado por pessoas que moram em cidades que não estão na abrangência do Parque Nacional, ou em outras cidades do Paraná ou estados do Brasil, também tem mostrado força nesta retomada do atrativo. De acordo com os dados da concessionárias, eles responderam por 25.737 ingressos (menos os que indicaram o Passe Comunidade).
Num comparativo com o ano passado, quando não havia a pandemia, o total de visitantes registrou uma queda de 68% no total de brasileiros que foram ao atrativo, que recebeu ainda 296 estrangeiros.
De janeiro a setembro deste ano, o Parque Nacional recebeu 508.295 visitantes, um terço no comparativo do mesmo período do ano passado, quando não existia o temor pela Covid-19.
O turismo no atrativo tem oscilado muito devido aos períodos em que permaneceu fechado para evitar a propagação do vírus. O Parque Nacional do Iguaçu suspendeu a visitação, por determinação do Ministério do Meio Ambiente e do ICMBio, no dia 18 de março, quando começou a pandemia do Coronavírus.
No dia 10 de junho o atrativo foi reaberto, dentro das comemorações do aniversário de emancipação de Foz do Iguaçu. Naquele mês, o Parque Nacional recebeu 3.926 visitantes.
No dia primeiro de julho foi novamente fechado, devido ao avanço do vírus no Paraná. A unidade de conservação só voltou a receber visitantes no dia 4 de agosto, mês em que recebeu 9.755 acessos, o triplo do primeiro mês após a reabertura. Em setembro foram mais de 26 mil ingressos.
A visitação no atrativo tem crescido sem descuidar dos cuidados com a saúde dos turistas. A expectativa é que aos poucos o turismo comece a se recuperar no pós-pandemia, segundo avaliação de autoridades e lideranças do trade turístico de Foz do Iguaçu e das 3 Fronteiras.
Nesta nova etapa, os ingressos são vendidos apenas pela internet e com agendamento das visitas. A concessionária lembra que às segundas-feiras, o Parque Nacional do Iguaçu não abre para visitação nesta fase de atendimento.
Gdia