Conselhos escolares promovem abaixo-assinado conjunto contra o fechamento e por ampliação do atendimento nas unidades de CEEBJA (Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos) em Matelândia, Medianeira e São Miguel do Iguaçu. A petição on-line é aberta para a população.
Os estabelecimentos, que reúnem 884 alunos no período noturno, majoritariamente trabalhadores, estão sob risco de serem extintos pelo Núcleo Regional de Educação de Foz do Iguaçu (NRE). Segundo o órgão, seriam abertas algumas turmas em colégios que hoje oferecem ensino regular.
A campanha defende a importância do CEEBJA como único equipamento especializado para garantir a educação de jovens e adultos que não frequentaram ou não terminaram os estudos na idade adequada. Aponta, ainda, a crescente procura por vagas nesses centros públicos e gratuitos.
No texto do abaixo-assinado, os três conselhos escolares denunciam que a chefia do NRE não estabeleceu qualquer diálogo com educadores, estudantes e suas famílias sobre o encerramento dos CEEBJAs. O documento convida a comunidade da região a defender as instituições abertas.
Nas cidades de Matelândia, Medianeira e São Miguel do Iguaçu, o CEEBJA é a “única instituição de ensino que atua na Educação de Jovens e Adultos (EJA)”, frisa o documento. “Além de atender a educandos de municípios vizinhos” que não dispõem dessa modalidade específica de ensino, prossegue.
Apelo
Em vídeo agregado à petição on-line, a professora Maria Fátima Nicodem faz um apelo pela manutenção dos CEEBJAs em Matelândia, Medianeira e São Miguel do Iguaçu. A educadora expõe que fechar as instituições, além de cercear o direito de estudantes, enfraquece a estratégia da EJA para a inclusão.
“Não podemos oferecer algumas turmas para fingir que estamos oferecendo educação para jovens e adultos”, enfatiza. “Ao fechar um CEEBJA, se está extinguindo todo um rol de metodologias, o devido acompanhamento pedagógico e estratégias próprias de trabalho com jovens e adultos”, assevera.
“Que desenvolvimento social e econômico desejamos na região se fechamos as portas para quem faz a opção de retornar aos bancos escolares no tempo que lhe é favorável?”, indaga a professora Maria de Fátima. “Educação pública e gratuita é direito constitucional”, lembra.
Assessoria