À espera dos R$ 30 milhões de Pepê, Foz do Iguaçu sonha alto e mira Série B do Brasileiro até 2026

A venda do atacante Pepê, do Grêmio, para o Porto-POR faz o Foz do Iguaçu sonhar alto. O clube paranaense vai receber cerca de R$ 30,3 milhões pela transferência. À espera da grana, o presidente do Foz, Arif Osman, já mira até mesmo levar o clube à Série B do Campeonato Brasileiro.

Pepê foi vendido do Grêmo ao time português por 15 milhões de euros (R$ 98,1 milhões, na cotação atual). O Foz deve receber R$ 29,43 milhões referentes aos 30% dos direitos econômicos e R$ 981 mil pelo mecanismo de solidariedade da Fifa.

Atualmente, o Foz do Iguaçu está sem atividades no futebol, tanto no profissional quanto na base. A equipe foi rebaixada no Paranaense de 2019 e pediu licença à Federação Paranaense de Futebol (FPF) em 2020. Por conta disso, o time retornará em 2021 disputando a Terceira Divisão do estadual.

A ideia de Osman é conseguir um acesso já nesta temporada e retornar à elite do Paranaense em 2023 e chegar até a Série B do Brasileiro (ou, pelo menos até a Série C) até 2026.

O Foz jogará as três competições de base, sub-15, 17 e 19 (em 2021). O projeto é chegar em 2023 na primeira do estadual e, em 2026, estar na Série C ou B do Brasileirão. Mas papel aceita tudo. A realidade é dura
— Arif Osman, presidente do Foz, em entrevista ao ge

Arif Osman está ciente de que não pode investir em grandes nomes e quer fortalecer as categorias de base. Ele afirmou que quer captar jovens atletas para que o “caso Pepê” não seja isolado – o clube tem percentual em outros onze jogadores.

O dirigente pretende utilizar parte do valor milionário para construir um Centro de Treinamento, com campos de grama natural e sintética para o futebol profissional e um de grama natural para a base.

O Foz do Iguaçu disputou seis estaduais (2009, 2015 a 2019), três edições da Série D do Brasileiro (2015, 2017 e 2019) e uma da Copa do Brasil (2019). No estadual, o melhor momento foi em 2015, ano que Pepê subiu ao profissional, quando foi até a semifinal. Em 2019, porém, o time acabou rebaixado e pediu licença em seguida.

 

Pagamento só em 2022

O pagamento pela negociação de Pepê, contudo, não é imediato ao Foz do Iguaçu, que receberá sua parte apenas em agosto de 2022. O Grêmio receberá parcelado em quatro vezes: junho e agosto de 2021 e janeiro e junho de 2022.

Em compensação, o Foz tem direito a pouco mais de 1% por participar da formação de Pepê, através do mecanismo de solidariedade, entre 2014 e 2016. O pagamento de cerca de R$ 980 mil é de responsabilidade do Porto ainda em 2021.

No site oficial, o Porto informou que o contrato do atacante com o time português vai até 2026, com cláusula de rescisão de 70 milhões de euros (R$ 458 milhões). Vale lembrar que o Foz ainda pode receber novos valores em uma revenda de Pepê, por conta do mecanismo de solidariedade da Fifa.

 

A passagem de Pepê pelo Foz

Pepê chegou ao Foz em 2014, após dois anos nas categorias de base do Athletico. Pelo Azulão, o atacante jogou duas temporadas no time principal, em 2015 e 2016, com 12 partidas e cinco gols marcados.

No fim de 2015 e início de 2016, o atacante chegou a vestir a camisa do Coritiba por empréstimo, mas não foi aproveitado no elenco principal. Ele disputou a Copa São Paulo de Futebol Júnior, a Copinha – o Coxa não exerceu a opção de compra por R$ 400 mil.

Ainda em 2016, Pepê disputou o Campeonato Paranaense pelo Foz, se destacou e foi negociado com o Grêmio para a categoria sub-19. A estreia pelo Tricolor gaúcho aconteceu em 2017, diante do Sport, na terceira rodada do Brasileirão.

Pepê passou a ser aproveitado com mais frequência a partir de 2018 e começou a se destacar na temporada seguinte. Já em 2020, ele assumiu o protagonismo da equipe com a venda de Everton Cebolinha ao Benfica. Na atual temporada, marcou 15 gols em 54 jogos disputados. Pepê tinha contrato com o Grêmio até 2024 e permanece no Grêmio até o final de junho.

 

 

Globo Esporte

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