Pesquisa da Unioeste busca bioativos naturais contra bactérias, fungos e vírus

 

Eliminação de bactérias, superbactérias, fungos e vírus por meio da síntese de nanopartículas produzidas pela ação de organismos vivos. Esse é o resultado preliminar de um estudo desenvolvido na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), que tem como finalidade avaliar os efeitos de bioativos vegetais, associados à nanopartículas metálicas e biogênicas.

O intuito é alcançar um nível de atividade biológica natural como alternativa aos produtos sintéticos atualmente disponíveis no mercado de defensivos agrícolas. Testes in vitro, realizados na primeira fase do estudo, já comprovam a ação do produto inovador. Na próxima etapa, os pesquisadores pretendem testar a capacidade de inativar vírus, inclusive o novo coronavírus (Sars-CoV-2), que causou a atual pandemia de Covid-19.

A coordenadora do projeto, professora Fabiana Gisele da Silva Pinto, do Centro de Ciências Biológicas e da Saúde da Unioeste, explica que a nanopartícula é uma matéria-prima com diferentes e variadas utilidades, e tem como benefício uma baixa toxicidade para as células humanas e também para o meio ambiente, uma vez que não gera resíduos tóxicos.

“Estamos sintetizando nanopartículas de prata biogênica, associadas a extratos de plantas brasileiras com ação antimicrobiana, ou seja, atividade bactericida, fungicida e virucida”, afirma a pesquisadora. Doutora em Microbiologia, Fabiana aponta a possibilidade de, futuramente, substituir substâncias nocivas à saúde humana em vários produtos da indústria.

Como exemplo, a professora menciona o triclosan, um agente bactericida banido nos Estados Unidos e nos países da Europa, que continua sendo muito utilizado no Brasil, como antisséptico e conservante em cosméticos e fármacos. “A nanopartícula pode substituir esse composto químico antimicrobiano, presente em medicamentos, sabonetes, desodorantes e cremes dentais”, sugere.

Ela ainda destaca o registro de patente dupla dessa tecnologia (processo e produto), em estágio inicial, junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), no Ministério da Economia.

 

 

 

Assessoria

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