O aumento na média móvel de novos casos de covid-19 fez acender o sinal de alerta das autoridades, e Foz do Iguaçu poderá adotar novas medidas restritivas para conter o avanço da doença. Nos últimos 14 dias, houve um acréscimo de pelo menos 30% no índice de positivados. Nesta segunda-feira (10), o município contabilizou 34.645 moradores infectados e 809 óbitos por complicações do coronavírus.
Em março, mês mais mortal desde o início da pandemia, quando Foz do Iguaçu registrou 237 óbitos por conta da covid-19, o prefeito Chico Brasileiro decretou medidas rígidas como toque de recolher das 20h às 5h durante a semana e lockdown nos finais de semana. As restrições só foram suspensas no início de abril que, mesmo com a redução dos indicadores, fechou com 137 vidas perdidas para a doença.
Nos últimos dias, a média móvel de novos casos de covid-19 subiu aproximadamente 30% em Foz do Iguaçu, chegando 105 casos no domingo (09), a maior desde o dia 3 de abril. Diante do avanço da doença, a ocupação de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) chegou a 100% no Hospital Municipal Padre Germano Lauck, que atende 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Dos 70 leitos destinados a pacientes com sintomas graves na unidade hospitalar, 70 continuam em utilização ontem, pelo terceiro dia consecutivo. O Hospital Municipal dispõe ainda de 67 leitos de Enfermaria, sendo que 34 estavam em utilização. A rede dispõe ainda de 55 leitos de UTI no Hospital Ministro Costa Cavalcanti, sendo que 35 (64%) estavam em utilização e 22 de Enfermaria, com 5 em utilização (23% do total).
Sinal de alerta
O prefeito Chico Brasileiro disse no final de semana que se os índices continuarem em ascensão, é possível que um decreto estabelecendo restrições possa ser editado. “Não descarto medidas restritivas como as que ocorreram no fim de semana e a noite. Então, não descarto que essas medidas voltem acontecer se continuar os aumentos de casos”, ressaltou.
No entanto, Chico Brasileiro voltou a salientar que não pretende fechar o comércio. “Com a experiência que tivemos na fase de março e abril, detectamos que o comércio não prejudicou no controle da pandemia”, argumenta o prefeito. “A preocupação é que o hospital público continua com 100% dos leitos de UTI ocupados”, ressaltou.
GDia