Itaipu Binacional solta peixes marcados para monitorar migração no Rio Paraná

 

A Itaipu Binacional promoveu, no último sábado (1º), a soltura de 300 peixes da espécie pacu (Piaractus mesopotamicus). A ação, realizada por técnicos da Superintendência de Meio Ambiente e da Divisão de Reservatório, vai contribuir para o monitoramento migratório e a conservação da biodiversidade no Rio Paraná.

A soltura ocorreu no Clube Maringá, em Foz do Iguaçu, a jusante da barragem. Na ocasião, também foram soltos 50 mil alevinos de pacus, pela Associação Projeto Multiplicação dos Peixes (Promulp). As matrizes para a criação desses alevinos foram doadas pela Itaipu, reproduzidas pelo Instituto Federal do Paraná (IFPR) e, posteriormente, doadas à Promulp, que produziu 300 mil alevinos.

Além de técnicos dessas instituições, o evento também contou com a participação de representantes da Prefeitura de Foz, do Governo do Estado, do Instituto Água e Terra (IAT) e da Marinha do Brasil.

Segundo o superintendente de Gestão Ambiental da Itaipu, Ariel Scheffer da Silva, a soltura de peixes está diretamente ligada aos cuidados com a biodiversidade na área de influência da usina de Itaipu. E o monitoramento permite conhecer o comportamento dos peixes ao longo da bacia hidrográfica, assim como medir a eficácia das ações de conservação.

“A qualidade do meio ambiente em torno da usina está diretamente relacionada à quantidade e qualidade da água do reservatório e, portanto, impacta na geração de energia. Portanto, ao cuidarmos da biodiversidade, estamos também contribuindo com a segurança energética para o Brasil e o Paraguai”, afirma o superintendente.

No último mês de novembro, a Itaipu participou de uma ação semelhante no Clube de Pesca Maringá, com a soltura de 162 peixes marcados. E, em dezembro, realizou uma soltura recorde no reservatório: mil peixes em um só dia. Ao todo, 2.166 peixes com marcas foram soltos em 2020.

O gerente da Divisão de Reservatório, Irineu Motter, explica que o mais importante para o sucesso do programa de marcação é a participação do pescador. “Para estimular essa participação, a Itaipu entrega um brinde, um acessório de pesca à escolha do pescador, sempre que for avisada de uma captura”, informa Motter.

Para acompanhar o deslocamento dos peixes no Rio Paraná, no reservatório e através do Canal da Piracema – que funciona como corredor de biodiversidade entre os dois ambientes – são empregadas duas tecnologias: uma delas é a marca plástica simples, colorida, inserida na base da nadadeira dorsal do peixes, para chamar a atenção do pescador. A segunda é um chip eletrônico, dentro de uma cápsula de vidro com 2 ou 3 cm. Esse chip é implantado no interior do corpo do peixe, por meio de uma pequena cirurgia, e sempre que se aproximar de uma antena específica no Canal da Piracema ou da escada para peixes de Porto Primavera (Rosana – SP), o número do chip fica registrado.

Para complementar as informações sobre as necessidades dos peixes em seus ciclos de vida, a Itaipu irá, em breve, soltar peixes marcados com transmissores de dados ainda mais completos, que também serão inseridos no interior do corpo. Os dispositivos, com 4,6cm, devem registrar uma série de dados sobre o comportamento e a fisiologia dos peixes. A Itaipu será pioneira no Brasil no uso desta ferramenta.

Caso seja praticante do pesque e solte, basta anotar o número que aparece na marca – ou melhor ainda, tirar uma foto, na qual o número seja legível – e entrar em contato com a Itaipu. Os contatos podem ser feitos por telefone, no 08006452002 (Brasil), 595-61-5998777 (Paraguai), pelo whatsapp (45) 98803-0859 ou pelo e-mail msadames@itaipu.gov.br.

Caso opte por consumir o peixe, o ideal é que guarde a marca de plástico e também procure, quando for limpar o pescado, uma segunda marca (eletrônica), que vai estar no meio das vísceras. Às vezes o peixe pode ter apenas uma ou outra, mas sempre que for possível, a recomendação de guardá-las é importante para o arquivo do projeto.

 

 

 

 

Assessoria

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