O diretor-geral brasileiro de Itaipu, general João Francisco Ferreira, concedeu entrevista para o Gdia, na qual adiantou como pretende conduzir Itaipu, pelos próximos dois anos de seu mandato.
Entre os temas, ele aborda desde o convite para assumir o cargo até às prioridades de sua gestão.
O general também ressalta a importância do corpo funcional para manter a grandiosidade e importância da Itaipu, além da manutenção das boas relações com o Paraguai. Só em obras estruturantes são mais de R$ 2,5 bilhões de investimentos. Aportes que geram atualmente 2,5 mil empregos.
Nesta segunda-feira,12, o novo diretor-geral de Itaipu, bastante amigo do general Joaquim Silva e Luna, no presidente da Petrobras, anunciou a ampliação do Capacita Foz de 150 profissionais para 1,5 mil pessoas de vários setores do turismo e comércio. Outros convênios importantes, que vão assegurar empregos, devem ser assinados nos próximos dias. Todas as medidas serão feitas em consonâncias com as diretrizes do governo federal.
Segue a entrevista:
GDia- General, que reação o senhor teve ao receber o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir a Diretoria Geral Brasileira de Itaipu?
General Ferreira: Primeiro, com surpresa. Depois, com imensa satisfação de ter meu nome lembrado pelo presidente, para um cargo [que era] ocupado por esse grande homem que é o general Silva e Luna, meu companheiro de jornada e meu amigo. É claro que para mim é um desafio muito grande, mas em toda a minha vida, no Exército ou fora dele, sempre aceitei as missões que me encarregavam com muita vontade e empenho. E é esta a minha disposição agora.
O senhor poderia nos contar quais foram suas impressões iniciais, agora vivenciando a Itaipu sob uma nova perspectiva, a de quem faz parte dela?
General Ferreira: A primeira impressão foi de perceber o poder que o homem tem de construir uma obra gigantesca, em benefício de dois povos irmãos. Na primeira semana, pude conhecer mais a fundo o que é e o que representa esta usina, nos mais variados sentidos. Desde a questão da energia, que depois dos recordes de produção, agora tem recordes de produtividade. Não há desperdício de água, o que é fundamental num período de escassez hídrica como o que vivemos. É na crise que se aprende a valorizar o que temos ou o que precisamos. E já aprendi que, em Itaipu, nossos engenheiros e técnicos sabem que cuidar da água é vital, e é por isso que a usina conquista prêmios pelos cuidados com o meio ambiente. Sem esses cuidados, a escassez de água seria ainda mais grave.
Mas aprendi bem mais nesses primeiros dias, nas conversas que mantive com o general Silva e Luna, que agora vai presidir a Petrobras, com diretores e com empregados em geral. Percebi que fui bem recebido, talvez porque o presidente Bolsonaro não me pediu para mudar nada do que vem sendo feito, e sim para dar continuidade ao trabalho do meu antecessor.
Foto: Sara Cheida
GDIA