A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná confirmou nesta segunda-feira (20) a primeira morte por intoxicação de metanol no estado. A vítima é um homem de 55 anos, morador de Foz do Iguaçu, que faleceu após consumir bebida alcoólica adulterada.
De acordo com a Secretaria, o homem procurou atendimento em uma UPA na terça-feira (14) com fortes dores abdominais e relatou ter ingerido bebida alcoólica no dia anterior. Portador de doenças crônicas, ele morreu ainda durante o atendimento. Exames laboratoriais confirmaram a presença de metanol no organismo.
Outro caso semelhante está sendo investigado no município. Um homem de 47 anos foi encontrado morto em casa e pode ter sido vítima do mesmo tipo de intoxicação.
Em todo o Paraná, 22 casos suspeitos foram notificados. Desses, cinco foram confirmados — incluindo a morte em Foz —, 14 descartados e dois seguem sob investigação. Três pessoas permanecem internadas em Curitiba, duas mulheres e um homem, todos em estado estável.
Antídotos e tratamento
Na sexta-feira (17), o Governo do Estado recebeu 424 ampolas de etanol farmacêutico, utilizadas como antídoto em casos de intoxicação por metanol. O medicamento será distribuído entre as regionais de saúde e hospitais de referência em Curitiba.
O Paraná também recebeu 84 ampolas de fomepizol, outro fármaco que bloqueia os efeitos tóxicos do metanol no organismo. Quatro pacientes já receberam tratamento com os antídotos. A dosagem é definida conforme a gravidade do quadro clínico e os resultados dos exames.
Sintomas e alerta
O metanol é uma substância altamente tóxica e não altera o cheiro nem o sabor da bebida, o que dificulta a detecção. Os sintomas podem surgir entre 6 e 72 horas após o consumo e são frequentemente confundidos com os de uma ressaca comum.
Entre os sinais de intoxicação estão dor de cabeça, náusea, tontura, visão turva, sonolência e confusão mental. Nos casos mais graves, podem ocorrer dor abdominal intensa, cegueira, dificuldade respiratória, convulsões e até coma.
As autoridades de saúde orientam que qualquer suspeita de ingestão de bebida adulterada deve ser tratada como emergência médica, com busca imediata por atendimento.
Assessoria
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