Somente nos primeiros quatro meses deste ano, as equipes do Consultório na Rua, programa executado pela Prefeitura de Foz do Iguaçu, fizeram 658 atendimentos a pessoas em situação de rua.

A assistência envolve médico, assistente social, educador social, psicólogo e técnicos em enfermagem e saúde bucal – equipe que se desloca por várias regiões da cidade para buscar essas pessoas em situação de maior vulnerabilidade e oferecer atendimentos.

O bem que esses profissionais fazem vai além daqueles a quem atendem. O relato de uma mãe que preferiu não ter o nome divulgado evidencia isso. Ela é mãe de um rapaz que estava em situação de rua.

“Estou muito grata e feliz por hoje meu filho estar comigo. Graças a Deus, totalmente mudado. Um filho que tinha se perdido e agora voltou à casa da mãe”, disse. Esse retorno foi possível com o acompanhamento do grupo multiprofissional do Consultório na Rua, que afastou o paciente das drogas.

Abordagens

O Consultório na Rua foi instituído pela Política Nacional de Atenção Básica em 2011. Em Foz do Iguaçu, a Prefeitura aderiu ao programa em 2021, percebendo a necessidade principalmente pelos impactos sociais causados pela pandemia da covid-19. O início das atividades foi em julho do ano passado.

No acolhimento feito às pessoas de maior vulnerabilidade, as equipes fazem aplicações de vacinas, como contra a covid e a influenza; testes rápidos para detecção de doenças sexualmente transmissíveis (DST); e fazem encaminhamentos para consultas especializadas ou exames nos equipamentos de saúde no município.

Também dão orientações sobre os direitos que essas pessoas, que muitas vezes não têm nem documentos,possuem, como o Cadastro Único, que possibilita o recebimento de benefícios sociais; e informações sobre equipamentos de assistência social do município, como as casas de passagem e o Centro POP, onde podem fazer refeições e passar a noite.

Ação conjunta em praças e espaços públicos

O Consultório na Rua, em ação conjunta com as secretarias municipais, irá reforçar a atuação em praças e espaços públicos da cidade para aumentar a segurança e permitir que a população possa desfrutar desses locais.

“Ao mesmo tempo em que queremos garantir a assistência às pessoas em situação de rua, essas ações não são compulsórias, o que significa que não podemos obrigar ninguém a aceitar esses atendimentos”, destacou o secretário da Transparência e Governança, Leandro Correa. “Queremos garantir que a população possa usufruir desses espaços, que são construídos justamente para o uso público”.

“Por isso, vamos juntar esforços da administração municipal para garantir essa utilização, oferecendo um tratamento digno e humanizado como deve ser com todos os moradores da cidade”, complementou Leandro.

Assessoria