O governador Ratinho Junior (PSD) confirmou nesta semana, os estudos para regionalização do Hospital Municipal Padre Germano Lauck de Foz do Iguaçu. A unidade hospitalar 100% SUS atende ainda mais oito cidades da 9ª regional da Saúde – Santa Terezinha de Itaipu, São Miguel do Iguaçu, Medianeira, Matelândia, Serranópolis do Iguaçu, Ramilândia, Itaipulândia e Missal – e brasileiros que moram na região do Alto Paraná no Paraguai.
“Algo que já está sendo estudado e tenho falado com o prefeito Chico Brasileiro. Hoje, o Hospital Municipal que é muito importante, custa em torno de R$ 11 milhões por mês”, disse Ratinho Junior à Rádio Cultura. “É um hospital que tem um custo alto e o Estado contribui com 20% na manutenção desses custos e despesas”.
Os novos estudos, segundo o governador, buscam soluções na manutenção do hospital. “Uma regionalização, através de um consórcio municipal, pode ser uma alternativa. Em algumas cidades, os consórcios deram certos. Fizemos isso agora há poucos meses em Paranavaí. Lá tem uma Santa Casa, cada município da região contribui com uma parte e o Estado contribui com uma parte”.
“Acredito que este é um caminho que possa se avançar”, destacou Ratinho Junior. “Não é algo tão simples. É uma fundação que administra o hospital, tem toda uma regra da fundação, tem que ouvir o Ministério Público. A prefeitura coloca dinheiro que é a finalidade dela e nós estamos ajudando”.
De fato
A proposta de regionalização do hospital municipal é de longa data. O prefeito Chico Brasileiro (PSD) reitera ainda que, além de atender os moradores da região, absorve ainda a demanda de brasileiros que residem no Paraguai e na Argentina, além de turistas. “No pico da pandemia da covid-19 tivemos um exemplo claro deste contexto, com pacientes da região, além dos brasileiros e paraguaios do lado de lá da fronteira que superlotaram o hospital”. O impacto pode superar a um milhão de pessoas.
O médico Amon de Sousa, presidente da Fundação Municipal de Saúde, disse que a regionalização do hospital já acontece de fato e é uma realidade. “Já atendemos as cidades da 9ª regional da saúde e, obviamente, os repasses do Estado e governo federal, não comportam todos os gastos. Temos que pensar na proposta do aumento de repasses para que o hospital tenha mais condições de ser mais sadio financeiramente”.
Oferta de serviços
Na avaliação de Amon de Sousa, o hospital não pode depender somente da iniciativa pública e buscar novas parcerias. “Há formas de trabalhar com parceiros com concessões de espaços e oferta de serviços”, ressaltou.
“Temos um laboratório fantástico, que faz 60 mil exames por mês. Foi o primeiro fora de Curitiba que começou a realizar exames de RTPCR para covid. O laboratório poderia vender serviços para municípios da região, entidades privadas, e tudo isto por meio de concessões”, afirmou.
O diretor adiantou que a equipe da Fundação de Saúde estuda mudanças no estatuto. “Estamos com o trabalho junto com a Secretaria da Saúde, o Ministério Público já está ciente também”.
“Iremos apresentar um novo estatuto da Fundação Municipal no dia 23 de junho quando o Conselho Curador se reunir. Um estatuto mais moderno, deixando de forma mais clara estas parcerias com as entidades privadas para que possamos aumentar o financiamento do hospital”, disse Sousa.
GDia