Com 30,3% dos votos, a categoria dos educadores municipais de Foz preferiu o adiamento do início das aulas em apenas uma semana. A deliberação da categoria diverge da determinação da Prefeitura que prevê duas semanas de adiamento. A votação ocorreu através de formulário on-line em Assembleia Geral virtual promovida pelo Sindicato dos Professores e Profissionais da Educação da Rede Pública Municipal de Foz do Iguaçu (SINPREFI), na noite de quarta-feira (2). Aproximadamente 250 pessoas participaram.
Para o sindicato, os educadores e a Secretaria de Educação de Foz, o cenário ideal seria o retorno das aulas presenciais em 08 de fevereiro, conforme agendado em calendário escolar. Porém, a decisão de adiar as aulas para o dia 21 de fevereiro, foi tomada em reunião do Comitê de Enfrentamento à Covid-19, devido ao atual cenário epidemiológico. O posicionamento foi baseado no registro de mais de 16 mil novos casos e 20 mortes pela doença desde o início de janeiro deste ano.
“Se a escolha fosse apenas da educação, defendemos que o retorno presencial ocorra no dia 08, conforme estava previsto em calendário”, afirmou Marli Maraschin de Queiroz, presidente do SINPREFI. “Mas entendemos que não é possível neste momento, pelo cenário atual da pandemia. Só que um adiamento muito longo nos prejudica e prejudica os alunos”, conclui a professora e líder sindical.
Segundo informações da Secretaria de Educação, a rede municipal de ensino movimenta em torno de 25 mil alunos. Em reunião com o SINPREFI, no dia 28 de janeiro, a secretária de Educação, Maria Justina, defendeu: “Todos querem voltar para a sala de aula! Mas, estamos seguindo as orientações dos especialistas da saúde que indicam não retornar nesse momento”. Segundo ela, os profissionais da saúde alertaram que agora a contaminação acontece mais rapidamente. A secretária disse que foram analisadas várias possibilidades, inclusive do ensino remoto, mas toda a logística para essa modalidade já foi desmobilizada. “As aulas remotas trazem uma sobrecarga aos profissionais e, nesse caso, não seriam vantajosas”, explica Justina.
Há legalidade para readequação do calendário escolar, desde que sejam cumpridas a carga horária e a quantidade de dias letivos previstos.
Pelo calendário oficial haveria duas semanas de recesso em julho. A determinação da Prefeitura Municipal antecipa uma dessas semanas para agora e prevê que os outros quatro dias sejam compensados com aula presencial em sábados letivos. A proposta aprovada pelos educadores, em Assembleia Geral, na noite de ontem (02), deliberou que o recesso de julho não seja afetado e que o adiamento de apenas uma semana seja compensado de outra forma que não haja transtorno para a categoria.
O SINPREFI protocolou o resultado da Assembleia Geral que representa a decisão da categoria para tornar a informação oficial para a Administração Municipal e para a Secretaria Municipal de Educação e aguarda um posicionamento do executivo municipal.
Assessoria