Orçamento Participativo muda relação dos moradores com poder público, diz prefeito

O Orçamento Participativo (OP) está mudando o comportamento da população com o poder público municipal, disse o prefeito Chico Brasileiro nesta terça-feira, 28, ao destacar a segunda edição do programa em Foz do Iguaçu. O OP, suspenso em 2020 devido à pandemia do coronavírus, prevê neste ano R$ 50 milhões em obras e ações em todas as regiões da cidade.

“O OP foi realmente uma mudança de comportamento da população em relação às solicitações. A primeira edição foi predominantemente asfalto, havia uma carência de pavimentação”, ressaltou Chico Brasileiro, em entrevista ao Jornal da Manhã da Rádio Cultura. A segunda edição, que terá a terceira reunião nesta terça (27), vem demonstrando este novo comportamento, afirmou.

De acordo com o prefeito, está havendo “mais organização dos pais e professores e profissionais da educação como um todo”, demonstrando que existe “uma necessidade de ampliar escolas, CMEIs (Centros Municipais de Educação Infantil). Tudo isso foi apresentado e o melhor é a compreensão da população como um todo, que a educação é prioridade”, destacou.

Na avaliação de Chico Brasileiro, o segundo OP de Foz do Iguaçu está levando a uma discussão mais madura, aprofundada, sobre a importância “daquilo que realmente a comunidade precisa ter como instrumento para evoluir e avançar”. “A educação não está ganhando apoio somente do público das escolas, está ganhando de todos os segmentos, associações de moradores”.

 

Mobilização

O prefeito ressaltou que ficou impressionado com a vontade das pessoas participarem das discussões sobre o uso dos recursos em seus bairros e comunidades. “Vi lá muita gente defendendo, aliás, pais que saíram no ano anterior e foram lutar por uma quadra de esportes, agora foram lutar pelo colégio. Então, tem que ter uma escola bem estruturada”.

E esta estruturação, afirmou o prefeito, passa também pelo foco pedagógico. “É claro, reestruturar as escolas, mas a equipe pedagógica está trabalhando intensamente, não só porque tem o Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) agora para frente, no meu ponto de vista não deveria ocorrer este ano,  mas está marcado e os alunos vão participar”.

Brasileiro lembrou que Foz do Iguaçu, assim como os demais municípios, precisa correr contra o tempo para uma preparação mínima dos estudantes que vão participar da análise do índice. “A gente precisa recuperar, porque as aulas não presenciais, remotas, foram uma necessidade da pandemia, mas não surte o mesmo efeito de uma aula presencial”.

“A aula presencial está melhorando cada vez mais, o avanço, o aprendizado das crianças, a interação com os professores está sendo bem positiva, os cuidados sanitários estão existindo, tanto que não temos problemas. Na rede municipal pelo menos está muito bem cuidado, as crianças usando máscara, se cuidando”, comentou.

 

Avanços

Em relação aos pedidos dos moradores para melhorar a saúde, o prefeito lembrou dos avanços, mas reconheceu que algumas estruturas precisam ser melhoradas. “No geral, a população percebe que há um avanço na saúde , do ponto de vista assistencial, de ampliação da saúde da família, da saúde primaria”.

“Hoje, Foz do Iguaçu tem uma das maiores coberturas do Paraná em termos de saúde primária, uma cobertura extraordinária se a gente for comparar com os municípios do mesmo porte, acima dos  200 mil (habitantes). Aliás, é a melhor cobertura de atenção primária do Paraná”, completou.

 

 

 

 

 

Assessoria

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