Visita do maior grupo de embaixadores já recebido por Itaipu chancela benchmarking ambiental da usina

As ações ambientais da Itaipu estão na vanguarda das estratégias de desenvolvimento sustentável defendidas pela Organização das Nações Unidas (ONU). A análise é um consenso entre os nove embaixadores que, nesta sexta-feira (28), encerraram um encontro de dois dias na Itaipu Binacional, em Foz do Iguaçu (PR).

 

“Fiquei impressionado com o que conheci a fundo”, afirmou o embaixador espanhol, Fernando García Casas. “A Itaipu é um exemplo de cooperação internacional voltada para um projeto de desenvolvimento sustentável que está em plena coerência com a Agenda 2030, das Nações Unidas, e com as posições de desenvolvimento sustentável que mantemos na União Europeia.”

 

Segundo os diplomatas, as ações ambientais da Itaipu estão em total consonância com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) propostos pela ONU. Todos os 17 ODS são alcançados por essas ações no Oeste Paranaense – área de influência da usina. Nesta sexta-feira, eles foram ao Refúgio Biológico Bela Vista, da Itaipu, e conferiram as várias ações nas áreas de proteção da fauna e flora, preservação do reservatório e gestão do território.

 

“Foi uma visita apaixonante”, disse a embaixadora francesa, Brigitte Collet. “Um ponto que me interessou foi a apresentação feita sobre o sequestro de carbono e tudo o que a mata reflorestada possibilita em termos de absorção do carbono, e este é um ponto essencial, o uso da floresta para evitar o aquecimento global”, concluiu, referindo-se ao cinturão verde formado pela Itaipu, com mais de 100 mil hectares de Mata Atlântica preservada, divididos entre a faixa de proteção e refúgios biológicos – três só na margem brasileira.

 

Essas áreas de proteção são reconhecidas pela Unesco como zona núcleo do programa O Homem e a Biosfera. É a única hidrelétrica do mundo com esse título. Em 2017, a Fundação SOS Mata Atlântica publicou um estudo indicando que Itaipu é a principal responsável pela regeneração de áreas florestais no Paraná. São quase 30% de recuperação do bioma observado no Estado nos últimos 30 anos.

 

A visita

 

Ao longo de toda a manhã, os embaixadores tiveram uma aula sobre as ações ambientais da Itaipu. Primeiro, sobre as áreas de proteção florestais, como a mata ciliar, o Corredor de Biodiversidade e os refúgios biológicos; depois, as atividades de educação ambiental nos 55 municípios da região, um programa com 27 metas e 42 ações, baseadas em quatro eixos.

 

Na parte da fauna, a comitiva aprendeu sobre dois programas de reprodução de espécies em extinção, o da harpia e o da onça-pintada. Na flora, conheceram os trabalhos de produção de mudas utilizadas no reflorestamento da região. Também fizeram a trilha ecológica e entenderam como as ações de reflorestamento e a opção por veículos elétricos evitam a emissão de 2,94 milhões de toneladas de CO² equivalente por ano.

 

Os embaixadores foram ao Portinho do RBV, onde puderam fazer a marcação e a solturas de pacus, dar uma volta de barco pelo reservatório e conhecer o projeto de produção de peixes em tanques-rede.

 

“Eles saíram bastante satisfeitos com o que viram, principalmente, nessa relação entre energia hidrelétrica e sustentabilidade”, disse o diretor de Coordenação da Itaipu, general Luiz Felipe Carbonell, que acompanhou o grupo. “Conseguimos mostrar que é possível gerar energia limpa e renovável e, ao mesmo tempo, mantermos o meio ambiente em condições de atender as gerações futuras”, ressaltou. “Muitos manifestaram intenção de manter contato com a Itaipu para aprender a metodologia que usamos.”

 

A visita foi concluída com a apresentação das atividades do Parque Tecnológico Itaipu (PTI), como o Núcleo de Pesquisa em Hidrogênio e o Centro Internacional de Energias Renováveis, no Edifício da Produção, dentro da usina. No almoço, os embaixadores foram recebidos pelo diretor-geral brasileiro, general João Francisco Ferreira. No período da tarde, encerraram a agenda visitando as Cataratas do Iguaçu.

 

“Ficamos felizes de recebê-los aqui. Procuramos nesse tempo restrito mostrar o que temos de melhor. Nossa hidrelétrica que tanto nos orgulhamos é fruto de uma engenharia da construção civil e de uma arquitetura diplomática. E, hoje, continuamos unidos produzindo energia e desenvolvimento social e econômico para a região, com o cuidado com o meio ambiente”, afirmou o general Ferreira.

 

Os embaixadores

 

Esta foi a maior visita de embaixadores à Itaipu – o recorde anterior era de 1993, quando cinco diplomatas visitaram a empresa. Estiveram agora representantes de Alemanha, Austrália, Dinamarca, Espanha, Estados Unidos, França, Índia, Reino Unido e União Europeia. Eles puderam não somente conhecer as práticas ambientais da Itaipu, como plantar sementes, separar as mudas e colocar o marcador nos peixes que são soltos no reservatório.

 

“Nessa visita, pudemos ver o esforço que a Itaipu Binacional está fazendo no âmbito da proteção da natureza, além de criar um negócio sustentável, contribuindo para o conjunto da sociedade”, considerou o embaixador da União Europeia, Ignacio Ybáñez Rubio.

 

Para o embaixador dinamarquês, Nicolai Prytz, a binacional é um exemplo de que o Brasil e Paraguai têm um compromisso sério com a produção de energia limpa. “Esse não é um projeto de ontem, é feito há muito tempo e mostra uma visão inacreditável na área de energia renovável, de como dois países diferentes conseguem manter esse projeto por tanto tempo”, afirmou.

 

O embaixador do Reino Unido, Peter Wilson, também aplaude as iniciativas da binacional em produção de energia limpa. “Foi um grande prazer conhecer o tamanho da Itaipu e a sua importância de proteger o meio ambiente pensando no futuro das energias renováveis.”

 

“É um belo trabalho feito aqui, com o trabalho de proteção da natureza e os acordos feitos, inclusive, entre o zoológico de Nuremberg (Alemanha) e o Refúgio Biológico da Itaipu”, considerou o embaixador alemão, Heiko Thoms. “Ficou evidente que Itaipu é uma empresa com muitos aspectos, parte na produção de energia e tudo o que fazem para cuidar do meio ambiente”, colaborou o embaixador dos Estados Unidos, Todd Crawford Chapman.

 

“A mensagem e cooperação entre os dois países e o comprometimento em proteger o meio ambiente é impressionante”, afirmou o embaixador indiano, Suresh Reddy.

 

“Impressionante, fenomenal. Itaipu é uma maravilha, não só do Brasil e do Paraguai, mas do mundo, e reflete a cooperação internacional e a importância das energias renováveis. Vamos trabalhar para ampliar as relações entre Brasil e Austrália, especialmente na área energética, que é muito importante para nós”, disse o embaixador australiano, Timothy Kane.

 

 

 

 

 

 

 

Foto: Kiko Sierich/PTI
Assessoria

 

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