Presidente da Fundação Municipal de Saúde faz apelo no combate à pandemia

O presidente da Fundação Municipal da Saúde, Sérgio Fabriz, reiterou nesta quinta-feira (27), o pedido de apoio e colaboração de todos os segmentos da sociedade no enfrentamento ao coronavírus. Em nome dos profissionais do Hospital Municipal Padre Germano Lauck, desabafou sobre o “sentimento de impotência, semblante de cansaço” de todos aqueles que estão na ponta no atendimento à Covid-19.

“São lutas incansáveis das equipes técnicas assistenciais, dos setores administrativos que buscam prover insumos e materiais para o hospital. É uma dificuldade enorme de conseguir insumos para o SUS pela falta que tem hoje do Brasil, não pela falta de recursos financeiros. Um medicamento que toda semana está para acabar e chega de última hora, ocasionando estresse”, disse Fabriz em vídeo que gerou grande repercussão nas redes sociais.

Sérgio Fabriz diz ainda que os profissionais da área não conseguem “mais dormir” e que há uma “angústia” pela chegada de insumos, que não têm faltado. “Temos dificuldades sim, temos racionamento, mas não tem faltado (insumos). Todo esforço tem sido feito”.

Pacientes entubados e óbitos

O hospital municipal e a UPA do Morumbi estão com 94 pacientes em condições de UTI, e o atual sentimento é de cansaço e de impotência – “a gente sai cansado todo dia de trabalho”. “A gente vai para casa e vê as pessoas nas ruas ainda se comportando como se nada tivesse acontecendo”.

“Hoje eu e o doutor Fábio (Marques) tivemos uma visita também na UPA Morumbi e vimos o esforço de toda a equipe para o atendimento à população. É uma batalha difícil e a sensação de estar enxugando gelo”, disse.

O presidente da fundação faz ainda um apelo forte à população em nome de todos que estão trabalhando nas unidades de saúde. “Por favor, nos ajudem. Tenham consciência, tenham empatia para que a gente possa diminuir a disseminação do vírus e diminuir os internamentos”.

“Hoje, tivemos uma triste notícia de dez óbitos de novo em Foz do Iguaçu, mas o número de intubados é muito grande. Nós estamos com aproximadamente 90 pacientes em ventilação mecânica nesse momento e as estatísticas mostram que quem está nesse estágio, está avançando. Então, por favor, nos ajudem a vencer essa batalha. Contamos com vocês”, desabafou Fabriz.

Leia a seguir, a íntegra do desabafo de Fabriz:

“Olá pessoal, tudo bem? Hoje vim aqui falar em nome de todos os meus colegas profissionais do hospital municipal. Falar para vocês do nosso sentimento de impotência, do nosso semblante de cansaço, que nós estamos aí há tanto tempo nesse enfrentamento do covid.

São lutas incansáveis das equipes técnicas assistenciais, são lutas incansáveis dos setores administrativos que buscam prover insumos e materiais para o hospital. Uma dificuldade enorme da gente conseguir insumos pela falta que tem hoje do Brasil, não é por falta de recursos financeiros. Um medicamento que toda semana está para acabar e chega de última hora, ocasionando estresse.

Nós não conseguimos mais dormir. Isso falo nós porque não sou só eu, toda equipe tem a angústia de chegar os insumos, mas não tem faltado. Temos dificuldades sim, temos racionamento, mas não tem faltado; todo esforço tem sido feito. Hoje nós estamos com aproximadamente 94 pacientes em condição de UTI somados no Hospital Municipal e na UPA.

O sentimento é o sentimento de cansaço e de impotência porque a gente sai cansado do dia de trabalho. A gente sai vindo para casa nos nossos lares e a gente vê as pessoas nas ruas ainda se comportando como se nada tivesse acontecendo.

Hoje eu e o doutor Fábio tivemos uma visita também na UPA Morumbi e vimos o esforço de tantos colaboradores e médicos e toda a equipe para o atendimento à população. É uma batalha difícil, é a sensação de estar enxugando gelo.

Então, pessoal em prol de todos nós que estamos aqui trabalhando no hospital na UPA. Por favor, nos ajudem. Tenham consciência, tenham empatia para que a gente possa diminuir essa disseminação do vírus e diminuir os internamentos.

 

 

Assessoria

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